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Após encontrar Haddad, relator de LDO fala em ajuste de projeção de dívida, por juros altos

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Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) indicou nesta segunda-feira, 24, ser “possível” que o Ministério da Fazenda envie ao Congresso sugestões de ajuste em projeções fiscais, como da dívida pública, em razão da manutenção da taxa de juros em patamar mais elevado.

A declaração foi dada após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do PLDO.

O senador garantiu, por outro lado, que não tratou com Haddad e sua equipe de modificações na meta fiscal de 2025. Segundo Moura, o governo persiste no compromisso de zerar o déficit no próximo ano.

Um ajuste nos dados da dívida pública pode ser necessário, segundo o relator, diante da manutenção do patamar da Selic em 10,5% ao ano, conforme decidiu o Banco Central no último Copom.

“Foi o que vim saber se Fazenda quer alguma alteração no projeto de lei. Todas as projeções enviadas em abril eram baseadas em previsão de queda de juros. É possível que o secretário do Tesouro envie algumas alterações de acordo com essa rigidez das taxas de juros”, disse Moura após sair de reunião com Haddad.

“Tudo é feito em cima de projeções, apanhado de dados que o governo tem para estabelecer parâmetros de dívida, crescimento econômico”, completou.

A grade de parâmetros do PLDO enviado ao Congresso em abril estimava a taxa Selic (acumulada) em 8,05% no próximo ano, 7,22% em 2026 e 7,02% em 2027 e 6,77% em 2028. No caso da dívida bruta do governo geral (DBGG), a previsão era de que a DBGG chegaria a 77,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, alcançado 79,1% do PIB em 2026 e 79,7% do PIB em 2027.

Seria naquele ano, de acordo com a equipe econômica em abril, que a dívida bruta atingiria seu pico. A partir do ano seguinte, se iniciaria uma trajetória de queda, conforme as estimativas, até que a dívida chegasse a 74,5% do PIB em 2034, último ano projetado.

Em projeção divulgada em março, o Tesouro Nacional estimou 2026 como o ano para início do processo de estabilização da dívida em relação ao PIB, no cenário em que haveria superávit de 0,5% em 2025. No caso de frustração no esforço de arrecadação adicional, refletido no resultado primário, a dívida teria um pico em 2027 e iniciaria a trajetória de queda em 2029.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Após encontrar Haddad, relator de LDO fala em ajuste de projeção de dívida, por juros altos no site CNN Brasil.

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