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Bolsonaro nega tentativa de golpe e diz confiar no Congresso para se tornar elegível

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“O segundo passo seria o presidente mandar para o Congresso o pedido para decretar estado de sítio. Se o Congresso der positivo, aí o presidente assina o decreto. Não foi dado nenhum passo nesse sentido. Discutir a Constituição passou a ser crime?”, questionou. 

Indagado, então, se havia discutido a possibilidade de decretar estado de sítio no país, o ex-presidente respondeu: “Não estou assumindo que discuti ou não. Estou questionando”. 

“Possivelmente, discutir estado de sítio é algum crime? Quem autoriza o decreto de estado de sítio é o Congresso. Eu falava para os ministros que estavam ao meu lado: ‘Vão buscar os remédios dentro da Constituição’. Eu entendo que a Constituição é o remédio para os conflitos institucionais”, afirmou Bolsonaro. 

“Agora, falar que eu estava preparando um golpe, pô, pelo amor de Deus. Você não vai [dar um golpe] depois que o TSE anunciou o resultado. Ninguém vai contigo. Quando o chefe do Executivo não é reeleito, 80% dos seus ministros desaparecem. Somente 10% está contigo e outros 10% ficam em cima do muro. Não tem como fazer mais nada. Se convidar para um churrasco, de 23 ministros vão aparecer 3, pô. Como vou dar um golpe num clima desse? Que absurdo isso aí.”

“Congresso é o caminho para quase tudo”

Durante a entrevista, Jair Bolsonaro não escondeu que vê o Congresso Nacional como o principal caminho para a aprovação de uma anistia aos envolvidos no 8 de janeiro – e também, no seu caso em particular, para recuperar a elegibilidade. 

“O Congresso pode. O Congresso é o caminho para quase tudo. O poder mais importante é o Legislativo. Depois, o Executivo…O Congresso é o poder mais importante. Ninguém votou em pessoal do Supremo. Ninguém votou em ministro da República. O poder mais importante é o do Congresso. A Constituição que entende dessa maneira. O Poder Judiciário é para dirimir conflitos”, defendeu. 

Trump e passaporte apreendido

Bolsonaro também falou sobre a apreensão de seu passaporte por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente da República como uma das medidas cautelares impostas em meio às investigações sobre a participação de Bolsonaro na suposta tentativa de golpe de Estado. 

Em outubro deste ano, a Primeira Turma do Supremo, presidida por Moraes, decidiu manter a retenção do passaporte de Bolsonaro. Por unanimidade, o colegiado rejeitou dois recursos que haviam sido apresentados pela defesa de Bolsonaro. Além de manter a decisão que determinou a ordem de entrega do passaporte do ex-presidente, a Primeira Turma também manteve o veto a qualquer tipo de comunicação entre Bolsonaro e outros investigados.

Bolsonaro deve ser convidado para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro de 2025. Para conseguir viajar, terá de obter a autorização do Supremo

“A informação que tenho é que vou ser convidado. Vou fazer uma petição para o Alexandre. Ele decidirá. Se indeferir, tem alguma alternativa? Eu fico no Brasil e assisto pela TV. Você acha que Trump vai convidar Lula para a posse? A não ser protocolarmente”, afirmou o ex-presidente. 

Em relação à vitória de Trump sobre a atual vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, na disputa pela Casa Branca, Bolsonaro disse se tratar de “uma boa notícia para o mundo”. 

“Nós defendemos a liberdade econômica. Os Estados Unidos são a maior democracia do mundo e dão o seu potencial. Eles projetam o poder. Então, é natural. Se o Brasil quer ter menos problemas no mundo, deve seguir um pouco a linha americana”, afirmou. 

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Pablo Marçal

Na entrevista, Jair Bolsonaro também foi questionado sobre a intenção do empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado nas eleições municipais em São Paulo (SP), de continuar na política e disputar a Presidência da República em 2026. 

“No PL, não tem [espaço]. Ele pode procurar outro partido. A direita não tem donos. A direita tem líderes. E todo mundo que se credencia como líder tem direito de buscar esse voto. Agora, o debate para buscar o voto não pode ser do padrão São Paulo. Não dá”, disse o ex-presidente. “Não vou dar opinião para ele [Marçal]. Tem gente de esquerda que vota nele. Isso aí é o jogo político. É preciso achar um partido e se candidatar.”

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