Em represália à medida, frigoríficos brasileiros suspenderam o fornecimento de carnes ao Grupo Carrefour no Brasil e condicionaram a retomada do fornecimento de produtos ao Carrefour Brasil a uma retratação pública de Bompard.
Para Tereza Cristina, a reação francesa, não apenas do Carrefour, mas também com declarações de executivos da Tereos e do Intermarché, coincide com o avanço das tratativas para o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), ao qual a França é contrária.
“Imagina se Brasil começa a fazer lacração sobre vinhos e lácteos franceses que chegarão aqui com alíquotas de importação diminuídas. Há pontos no acordo que contrariam nossos interesses, mas achamos que o acordo sobe a régua para os produtos. No primeiro momento, eles (produtores europeus) têm muito mais a ganhar com o acordo que nós”, observou Tereza Cristina. “São descabidas, infundadas e infelizes as afirmações dos CEOs do Carrefour, da Tereos e do Intermarché.”
A ex-ministra lembrou que convidou o embaixador francês no país, Emanuel Lenain, a explicar posturas do país em relação ao agronegócio brasileiro na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
“Precisamos continuar conversando, porque a ministra da Agricultura da França fez ontem uma declaração fortíssima e com informações equivocadas”, afirmou, defendendo a aprovação da lei de reciprocidade ambiental.
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