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Diretor da PF diz que nova joia em inquérito que investiga Bolsonaro robustece o caso

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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira (11) que a negociação de uma nova joia por emissários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) robustece as investigações sobre a venda de presentes recebidos pelo governo nos Estados Unidos.

O novo bem foi identificado por investigadores durante diligências em lojas localizadas em solo norte-americano em parceria com o FBI, e revelado pela CNN na segunda-feira (10).

“Foi nessa diligência do exterior, com a equipe do FBI, que se teve notícia dessa nova joia negociada, que não estava no foco dessa investigação. Houve um encontro de um novo bem vendido no exterior e isso talvez tenha sido um dos fatores para atrasar a conclusão do inquérito. Esse encontro robustece a investigação que se iniciou desde a apreensão no aeroporto”, explicou o diretor em encontro com jornalistas.

Durante duas semanas, em maio, um agente e um delegado da PF estiveram no país em uma cooperação jurídica internacional com o FBI, em quatro cidades norte-americanas.

Lá, conforme noticiou a CNN, os policiais colheram depoimentos de comerciantes, acessaram novas imagens de câmeras de segurança e apreenderam documentos, nas joalherias e nos bancos onde os investigados têm contas.

Essa peça só foi descoberta com essas novas diligências dos investigadores no exterior. Um dos depoentes ligados a uma joalheria em solo americano descreveu o potencial valioso do objeto, cujas gemas poderiam ser extraídas da peça para comercialização.

Esse depoente, no entanto, informou que o negócio acabou não sendo concluído.

Apurações preliminares indicam que essa joia estava acomodada no mesmo estojo da escultura de palmeira, folheada a ouro, entregue para Bolsonaro em um encontro entre empresários brasileiros e árabes no Bahrein.

Consequências

Com a descoberta de outra negociação envolvendo uma joia, os investigados, se condenados, podem ter a pena agravada.

O diretor do Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor) da PF, Ricardo Saadi, explicou que a identificação desse novo bem pode ser um agravante na definição da pena em caso de eventual condenação dos envolvidos. O caso pode ser enquadrado como peculato continuado.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Diretor da PF diz que nova joia em inquérito que investiga Bolsonaro robustece o caso no site CNN Brasil.

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