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“É preciso combater o novo populismo digital extremista”, diz Moraes

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Lisboa — Em aguardado momento do 12º Fórum de Lisboa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes subiu ao palco do auditório da Reitoria da Universidade de Lisboa para falar sobre eleições e o futuro da democracia representativa. Segundo o magistrado, sempre houve grupos que tentaram desvirtuar a democracia, o desafio atual é entender como que esse “novo populismo digital extremista” achou terreno fértil para se difundir.

“Para que possamos garantir eleições livres, para que possamos garantir que a vontade do eleitor não seja manipulada, todos que sejam democratas devem combater esse novo populismo digital extremista, que de forma absolutamente competente soube manipular as redes sociais, capturar a vontade de vários grupo para que com isso pudesse desvirtuar a legítima vontade do eleitor”, disse o ministro.

O ministro foi aplaudido no momento em que defendeu a responsabilização das redes sociais pela veiculação de conteúdo falsos e que possam manipular eleitores. “Os grupos extremistas desvirtuam a informação, com a conivência total das redes sociais. Pode ser que antes do 8 de janeiro as big techs não soubessem que estavam sendo instrumentalizadas. Depois do dia 8, é impossível elas afirmarem isso. É necessária uma regulamentação imediata”, defendeu.

Também provocou risos ao dizer que só duas coisas dão dinheio para as redes sociais: “O ódio e o que é muito fofo”. “Não teremos sossego nas eleições se nós continuarmos a permitir que as redes sociais e big techs sejam terra sem lei, que elas não tenham responsabilidade.”

Papel essencial para garantir a democracia

O painel foi prestigiado pelo ex-presidente da República, Michel Temer; pelo ministro Luís Roberto Barroso; pelo ministro do STF e um dos organizadores do evento, Gilmar Mendes e outras autoridades e juristas.

Ao apresentar o painel e o ministro, o corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, disse que foi a firmeza de Moraes à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que permitiu a defesa da democracia. “Ele dispensa qualquer apresentação, foi fundamental para o sistema judiciário brasileiro, inclusive para que estivéssemos aqui hoje, porque tivemos ataques ao sistema eleitoral brasileiro e à democracia, e foi pela firmeza do ministro Alexandre de Moraes e de seus pares, que ratificaram as decisões que precisaram ser tomadas em momentos dramáticos. Nenhuma outra pessoa teria condição de fazer o que ele fez naquele momento.”

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