O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou a suspensão da Fundação IBGE+, lançada em julho do ano passado. A decisão ocorre em meio a crise envolvendo servidores do órgão. A fundação permite a entrada de recursos privados para desenvolvimento das atividades exercidas pelo órgão.
O comunicado da suspensão foi realizado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). A pasta afirmou que apoia a iniciativa da IBGE+ e que “estão sendo mapeados modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional”.
O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, afirmou que a fundação existe para subsidiar os trabalhos do instituto e que não existe interferência privada nos trabalhos de pesquisa e estatísticas que são realizados. “É um tema que gera controvérsias não apenas no IBGE, mas em várias outras instituições públicas que tomaram essa decisão [de criar Fundações]. Há uma perspectiva de entender que uma fundação desta natureza ou fundação pública de direito privado poderia levar a uma espécie de privatização, não é? Pelo contrário. São modelos necessários para ampliar o orçamento e permitir a inovação tecnológica absolutamente necessária nos dias de hoje”, declarou Pochmann, em um evento realizado durante a manhã.
Servidores acusam a gestão de Marcio Pochmann de ser autoritária. Sindicatos e grupos de servidores reclamam de não terem sido ouvidos em relação a fundação e temem que a iniciativa da fundação seja um caminho para a privatização do órgão. Um protesto foi realizado na sede do instituto, no Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (29).
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