prisão de quatro militares e de um policial federal envolvidos na trama, nesta terça-feira (19). Segundo a investigação, o plano previa a prisão de ministros do STF e a criação de uma estrutura institucional paralela para consolidar a ruptura democrática.
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Estrutura planejada do gabinete
Segundo o documento obtido pela PF, o general Augusto Heleno seria o chefe do gabinete de crise, enquanto Braga Netto assumiria o papel de coordenador-geral. Outros militares destacados para cargos estratégicos incluíam o general Mario Fernandes, preso nesta terça-feira, e o coronel Elcio, que integrariam a assessoria estratégica.
- A minuta também listava outros membros do grupo golpista, entre eles:
- Coronel Reginaldo Vieira de Abreu (“Velame”) – Chefe de gabinete de Mario Fernandes;
- Filipe Martins – Assessor de relações institucionais;
- Coronel Jorge Luiz Kormann – Membro da assessoria de inteligência;
- Coronel Hidenobu Yatabe – Ex-chefe de assessoria da Presidência da EBC;
- Promotor Nelson Lacava Filho – Ligado ao Ministério Público Militar.
A composição do gabinete tinha como objetivo estabelecer uma “legalidade” pós-golpe e coordenar ações para consolidar o controle institucional e militar.
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“Arcabouço jurídico”
Os documentos apreendidos também detalham os chamados “requisitos críticos” para o sucesso do golpe. Entre eles estavam a criação de uma estrutura de apoio com gabinetes estaduais, a elaboração de um “robusto arcabouço jurídico” para justificar as ações militares e a coordenação com o Superior Tribunal Militar (STM) para assegurar respaldo legal às operações.
De acordo com a PF, o plano era iniciar as ações em 16 de dezembro de 2022, apenas quatro dias antes da posse de Lula, e previa o uso de militares para efetivar as prisões e suprimir resistências institucionais.
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Ligação direta com Braga Netto e Heleno
Os generais Heleno e Braga Netto, que ocuparam cargos de destaque no governo Jair Bolsonaro, aparecem no centro do planejamento, segundo a PF. Além de liderarem o gabinete de crise, ambos teriam papel ativo na mobilização das tropas e no direcionamento estratégico das ações clandestinas.
A decisão de Alexandre de Moraes enfatiza que o planejamento detalhado e a hierarquia estabelecida no documento evidenciam que o grupo não agiu isoladamente, mas com um alto grau de organização e coordenação.
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