VALE3), mas o plano não prosperou. “Nenhuma possibilidade, mesmo porque eu não tenho nenhuma vontade de ir para lá”, disse.
Com o mercado reagindo negativamente às notícias publicadas ao longo do ano sobre a possibilidade dessas indicações, Mantega disse que não vê essa relação direta.
“Se você vai lá olhar as ações, vai ver que elas estão mais baixas do que quando eu poderia ir para a Vale. Quando se cogitava que eu pudesse ir, as ações estavam em R$ 75, hoje elas estão em R$ 62. Vai dizer que é por minha causa? Não é por minha causa. E da Braskem, bobagem, não tem nada a ver”, afirmou.
O ex-ministro, que já comandou a Fazenda, o Planejamento e o BNDES, disse estar se dedicando a escrever um livro sobre suas experiências no governo, argumentando que buscará combater “visões totalmente deturpadas”.
Mantega esteve à frente da Fazenda nos governos Lula e Dilma Rousseff, de 2006 ao início de 2015, e atos de sua gestão foram usados pelo Congresso como base para aprovar o impeachment de Dilma.
Sob Mantega, foi implementada a chamada nova matriz econômica, que buscava acelerar o crescimento por meio de desonerações, redução de juros e fortalecimento da infraestrutura. O modelo foi alvo de críticas de analistas, que atribuem à política os efeitos inflacionários e de deterioração das contas públicas que provocaram uma crise.
“Não teve nenhum ministro da Fazenda que ajudou tanto o setor empresarial quanto eu. Eu fiz desonerações, crédito barato, estímulo às empresas, estímulo à exportação, nós fizemos coisas muito boas”, afirmou o ex-ministro.
“Na luta política, aí tudo fica complicado. Os opositores têm que dizer que é um desastre, quebrou a economia, essas coisas. Mostre os dados, olhe os dados para você ver qual é o desempenho”, disse.
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