o dólar à vista ultrapassou a barreira dos R$ 5,65 e encerrou a sessão no maior valor em 2 anos e meio, com profissionais do mercado citando novamente o desconforto com a política fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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As críticas reiteradas de Lula ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também têm gerado nervosismo no mercado, o que acaba afetando o câmbio.
“Acredito que o melhor a fazer é acertar a comunicação, tanto em relação a autonomia do BC quanto em relação ao arcabouço fiscal. Não vejo nada fora disso. É isso que vai tranquilizar as pessoas”, afirmou Haddad, em entrevista coletiva, após reunião no Ministério da Fazenda.
Mais cedo, em entrevista à Rádio Sociedade, de Salvador (BA), Lula disse que “é preciso fazer alguma coisa” para conter a alta do dólar ante o real, mas evitou dizer o que seria. “Senão estarei alertando meus adversários”, disse o petista.
Para Lula, haveria um “ataque especulativo” ao real. O presidente prometeu discutir o assunto com sua equipe assim que retornar a Brasília (DF). Haddad, por sua vez, afirmou que não há nenhuma reunião marcada com Lula para tratar do tema e negou que o governo pense em mexer no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio.
“A nossa agenda com o presidente amanhã é exclusivamente uma agenda fiscal. Nós estamos trabalhando uma agenda eminentemente fiscal com o presidente, para apresentar a ele propostas para o cumprimento do arcabouço em 2024, 2025 e 2026”, disse o ministro.
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