Em discurso feito na quarta-feira (19/6), no Rio de Janeiro, Lula disse que cinema e novela não são para “ensinar putaria”, mas sim “cultura”. O presidente fez a declaração para defender a importância da classe artística, bem como afirmar que não se pode ter medo do debate com críticos da arte.
“Num país que não investe em cultura, o povo não é povo. É massa de manobra. Artista, cinema e novela não é pra ensinar putaria. É para ensinar cultura, é para contar história, e não para dizer que queremos ensinar às crianças coisa errada. Nós só queremos fazer aquilo que se chama arte. Quem não quiser entender o que é arte, dane-se. Não podemos ter medo de fazer esse debate”, disse Lula.
O evento aconteceu no Dia do Cinema Brasileiro e celebrou artistas do audiovisual do país. A homenagem teve participação de cineastas, produtores e atores, além da ministra da Cultura Margareth Menezes — que anunciou junto com o presidente o investimento de R$1,6 bilhão para o audiovisual em 2024.
Na ocasião, Lula também assinou o decreto para regulamentar a Cota de Telas, medida que reserva espaço para produções nacionais nas salas de cinema do país. A lei nº 14.814/2024 será válida até 31 de dezembro de 2033.
“A gente tem condições de fazer uma regulamentação para que esse país seja livre, soberano, dono do seu nariz, dono da sua arte e do seu futuro”, comentou o presidente ao ser questionado sobre uma possível contribuição das plataformas de streaming ao Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional).