Promessas travadas e desafios fiscais
Enquanto o governo trabalha para atrair a classe média com novas propostas, algumas promessas de campanha seguem sem avanços. Entre elas está a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, uma promessa que Lula pretende implementar até 2026. Hoje, a isenção contempla apenas aqueles que recebem até dois salários mínimos, e a expansão do benefício depende da aprovação de cortes de gastos para adequação ao novo arcabouço fiscal.
Outro ponto sensível é a regularização da profissão de motoristas de aplicativo, tema que gerou desgaste após a apresentação de um projeto no Congresso que levou a protestos e oposição dentro do próprio governo. Segundo o jornal, o Ministério do Trabalho ainda não tem previsão de votação da proposta, enquanto esse grupo se aproxima cada vez mais de forças políticas de direita.
Em relação a outras ações, o governo avançou no combate aos juros do rotativo do cartão de crédito, com o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecendo um teto de 100% para as taxas sobre dívidas não pagas. Essa medida limita o valor máximo da dívida ao dobro do montante original, o que deve aliviar o impacto do endividamento para consumidores.
O jornal O Globo destaca ainda que o governo tem o desafio de se conectar com trabalhadores que ganham de 2 a 10 salários mínimos, faixa que, segundo o ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha, não se sente representada pelo PT atualmente. “O PT tem um debate a fazer com os trabalhadores, sobretudo os que ganham de 2 a 10 salários mínimos, que por algum motivo não se sentem representados”, afirmou Padilha, ressaltando que o governo está atento às demandas desse público e às mudanças de prioridades desde o primeiro mandato de Lula.
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