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Lula sai em defesa de Haddad após críticas: “Extraordinário ministro”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (13/6). Segundo o petista, o chefe da equipe econômica é “extraordinário” e tentou ajudar os empresários que o atacam atualmente.

Haddad sofre críticas após a Fazenda ter apresentado uma medida provisória (MP) para compensar a perda de arrecadação com a desoneração da folha, na semana passada. Lula indicou ainda que a desoneração pode ser derrubada caso a medida compensatória não entre em vigor.

“Não tem nada com o Haddad. Ele é extraordinário ministro. Não sei qual é a pressão sobre o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, vira o centro do debate. Quando a coisa dá certo e quando a coisa não dá certo”, declarou a jornalistas em Genebra, Suíça, pouco depois de participar de sessão da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A medida apresentada pela Fazenda limita os créditos do PIS/Cofins, e gerou uma enxurrada de críticas por parte dos empresários. Segundo eles, as companhias já contavam com os créditos para abater dívidas em outros impostos, e a MP pode causar prejuízo à gestão financeira das empresas.

A proposta chegou a ser apelidada de “MP do Fim do Mundo”. Na terça-feira (11), em derrota para o governo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu parcialmente o texto. 

“O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para aqueles 17 setores. Nem deveria ter sido o Haddad para assumir essa responsabilidade, mas ele assumiu, fez uma proposta. Os mesmos empresários não quiseram”, destacou ainda o presidente.

Sem acordo, não haverá desoneração

Lula lembrou que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o governo apresente uma compensação à desoneração da folha em 60 dias, 15 dos quais já passaram. Segundo o presidente, se não houver acordo até lá, não haverá desoneração para os setores beneficiados e para as prefeituras.

“Agora, a bola não está mais na mão do Haddad. A bola está na mão do Senado e na mão dos empresários. Encontrem uma solução. O Haddad tentou, não aceitaram. Agora, encontrem uma solução”, frisou.

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