Antes da eleição para a presidência do Senado, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou estar sendo perseguido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e exibiu uma lista que, segundo ele, contém violações impostas pelo magistrado.
Do Val era candidato ao cargo de presidente do Senado, mas, durante seu discurso, anunciou que estava retirando a candidatura. O parlamentar afirmou estar “censurado há dois anos” e declarou que sua presença no plenário resultaria em uma multa de R$ 50 mil.
“Mandei no WhatsApp de todos os senadores a decisão do ministro Alexandre de Moraes me proibindo de estar aqui, por estar violando o artigo 53. Não é o Marcos do Val (pessoa física), mas o senador Marcos do Val”, criticou.
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O senador argumentou que sua principal ferramenta de atuação é a voz e que foi impedido de exercer sua função de maneira ilegal e inconstitucional. “Agora, falarei da maior perseguição política da história do Brasil: fui submetido a medidas ilegais e inconstitucionais que ferem direitos garantidos na nossa Constituição”, disse, em referência a Moraes.
Do Val também afirmou que está sendo alvo de censura imposta pelo ministro. “Censura absoluta: redes bloqueadas, salários embargados e multas de R$ 50 milhões sem nenhuma base jurídica”, completou.
A desistência ocorreu minutos antes da votação. Favorito e com ampla maioria, Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado. A escolha foi feita por meio de votação secreta, com cédulas de papel, seguindo a ordem de criação dos estados para a chamada dos parlamentares. Alcolumbre recebeu 73 votos.
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