Acordos com Vietnã
Nos dois dias de visita de Estado ao país asiático, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, acompanhou o presidente em encontros com os líderes dos quatro pilares do sistema político vietnamita: o presidente, Luong Cuong, o primeiro-ministro, Pham Minh Chính, o presidente da Assembleia Nacional, Tran Thanh Man, e o secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã, Tô Lâm.
Na sexta-feira (28), Lula e Luong Cuong assinaram o Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica, que reúne prioridades do relacionamento bilateral em assuntos como defesa, economia, comércio e investimentos; agricultura e segurança alimentar e nutricional; ciência, tecnologia e inovação; meio ambiente e sustentabilidade; transição energética e cooperação sociocultural e assuntos consulares.
A parceria estratégica pretende aprofundar o diálogo político, reforçar a cooperação econômica, intensificar o fluxo de comércio e os investimentos, fortalecer a coordenação em temas da agenda multilateral e impulsionar novas iniciativas de cooperação.
Em 2024, Brasil e Vietnã celebraram 35 anos de relações diplomáticas. A relação foi elevada a Parceria Estratégica em 17 de novembro de 2024, em encontro de Lula e do primeiro-ministro vietnamita à margem da Cúpula do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), no Rio de Janeiro, quando o presidente brasileiro foi convidado a visitar o país asiático.
Nos últimos dois anos, Lula reuniu-se três vezes com o primeiro-ministro Pham Minh Chinh: em maio de 2023, em Hiroshima, na Cúpula do G7; em setembro de 2023, em Brasília, durante visita oficial; e em novembro de 2024, no Rio de Janeiro, na Cúpula do G20.
Marina Silva acompanha Lula
Em seu último dia da visita de Estado do Brasil no Vietnã, em Hanói, a ministra Marina Silva disse em evento com empresários que a economia e a ecologia fazem parte da mesma equação. “Cuidar adequadamente da agenda de comércio e relações econômicas associada à questão da mudança do clima e do meio ambiente é fundamental. Sem essa agenda, não haverá relações econômicas entre nossos países, tampouco no mundo, porque os recursos naturais são a base do nosso desenvolvimento. Costumo dizer que economia e ecologia fazem parte da mesma equação.”
No discurso feito durante painel de ministros do governo federal no Fórum Econômico Brasil-Vietnã, Marina destacou os instrumentos financeiros desenvolvidos pelo MMA com outras pastas para impulsionar as agendas de combate à mudança do clima e preservação ambiental.
“Temos feito o dever de casa. Criamos uma plataforma de investimento entre países, a BIP. Lançamos títulos verdes e conseguimos captar cerca de R$ 10 bilhões para ações de transição energética, bioeconomia e desenvolvimento sustentável. Além disso, estamos trabalhando nosso Plano de Transformação Ecológica, a base de tudo isso, liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad”, enumerou.
A ministra enfatizou o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, anunciado pelo Brasil na COP28, a Conferência do Clima da ONU realizada nos Emirados Árabes Unidos em 2023. A iniciativa recompensará países que comprovadamente protegem suas florestas tropicais, com base em monitoramento feito por satélites.
O governo federal trabalha para captar US$ 125 bilhões e lançar o TFFF durante a COP30, que ocorre em Belém (Pará), em novembro. Pelo menos 20% dos recursos serão direcionados a populações indígenas e povos e comunidades tradicionais que estão na linha de frente da preservação das florestas.
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