PL já tem o apoio de 163 parlamentares. Diante da falta de adesão dos líderes partidários, a legenda agora busca apoio individual de deputados — uma estratégia considerada mais trabalhosa e com maior risco de desgaste político.

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Ao longo da semana, o PL apostou em uma estratégia de obstrução para pressionar a presidência da Casa a pautar o projeto. Sessões e votações foram interrompidas ou esvaziadas por meio do chamado “kit obstrução”, que inclui manobras como retirada de pauta, pedidos de verificação de quórum e discursos prolongados. A pressão, no entanto, irritou partidos de centro e acabou perdendo fôlego. Comissões voltaram a funcionar e votações foram retomadas.
A expectativa do PL era de que líderes de outras legendas aderissem formalmente ao requerimento, o que não aconteceu. Parte da resistência se deve ao perfil sensível e politizado da proposta, mas também à falta de um sinal claro do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o tema.
Nos bastidores, líderes do centro acusam a ala bolsonarista de tentar “empurrar o projeto goela abaixo”, sem negociação. A avaliação é de que a postura beligerante do PL tumultua o ambiente político e pode comprometer futuras articulações no Congresso.
Motta, por sua vez, tem adotado tom moderado e institucional. Na semana passada, em discurso no plenário, defendeu “equilíbrio, pragmatismo e desprendimento político”, evitando se comprometer com pautas que gerem atrito com o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não é hora de seguirmos ninguém, mas de agirmos com desprendimento político, sem mesquinhez, agirmos com altivez, mas sem falsos heroísmos”, afirmou.
Apesar disso, Sóstenes sustenta que os líderes não assinaram o requerimento de urgência por orientação de Motta — o que é contestado nos bastidores. Líderes partidários ressaltam que não precisam de autorização da presidência para endossar requerimentos e que, no caso da anistia, preferem esperar um cenário mais favorável à aprovação.
Mesmo com o revés, o PL promete manter a pressão. Sóstenes afirmou que, a partir de segunda-feira (7), iniciará nova rodada de coleta de assinaturas em reuniões de bancada. A legenda também manterá a obstrução como forma de protesto, apesar da resistência de outras siglas.
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