O valor do Plano Safra anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quarta-feira (3), ficou muito aquém do que foi demandado pelo setor, avaliou ao WW Bruno Lucchi, diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).
Nesta edição do Plano Safra, foram destinados R$ 400 bilhões em financiamentos para a agricultura empresarial, um aumento de 10% em relação a anterior. Já para a agricultura familiar, foram R$ 76 bilhões, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura (Pronaf). A proposta da CNA era de R$ 570 bilhões, ao todo.
Segundo Lucchi, o diálogo com a equipe técnica do Ministério da Agricultura foi muito bem aceito, mas “a negociação é muito complexa, não depende só da agricultura, é muito mais uma discussão que você tem que fazer com o Ministério da Fazenda. E, aí, realmente houve essa negociação, onde se chegou num valor que está muito aquém daquilo que o setor demandou”, explicou.
“Então, eu posso dizer assim, que tecnicamente, com o Ministério da Agricultura, não há nenhum problema. E a questão com a Fazenda, às vezes acho que é uma falta de entendimento até do próprio setor, de saber da importância da gente ter um seguro rural forte, até para a gente ter um seguro rural forte”, prosseguiu.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Plano Safra tem um valor “muito aquém daquilo que o setor demandou” do governo, diz diretor da CNA à CNN no site CNN Brasil.