que divulgou nota exaltando o processo eleitoral no país vizinho e cumprimentando Maduro pela vitória, somente o PCdoB avalizou os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, controlado pelo regime chavista.
Nem mesmo o PSOL, situado à esquerda do próprio PT no espectro político-ideológico, se alinhou à defesa de Maduro. Em uma nota ambígua sobre a eleição na Venezuela, o partido da ministra Sônia Guajajara (Povos Indígenas) defendeu a suposta transparência do processo eleitoral, mas condenou as “ameaças golpistas” à oposição.
O PDT, partido que conta com dois ministros na Esplanada (Waldez Góez, da Integração e Desenvolvimento Regional, e Carlos Lupi, da Previdência), ainda não fechou posição sobre o pleito venezuelano, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Todos os demais partidos com ministérios no governo Lula não reconhecem a alegada vitória de Nicolás Maduro nas eleições realizadas no fim de julho: MDB, PSD, União Brasil, PSB, PP, Republicanos e Rede Sustentabilidade, que, juntos, ocupam 13 pastas.
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou abertamente que, em sua avaliação, o ditador da Venezuela fraudou a eleição presidencial. A legenda comanda o Ministério do Espore, com o deputado federal André Fufuca.
Na semana passada, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que é fundadora da Rede Sustentabilidade, afirmou claramente que o regime venezuelano não pode ser classificado como uma democracia.
Suspeita de fraude
Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, segundo o CNE, supostamente derrotando o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.
O resultado foi recebido com perplexidade pela grande maioria dos países democráticos ocidentais, já que o candidato oposicionista aparecia bem à frente de Maduro em todas as pesquisas dos principais institutos.
A oposição acusou o regime de fraudar a eleição, e diversos órgãos independentes internacionais apontaram irregularidades no pleito. Vários países, como os Estados Unidos, não reconheceram a vitória de Maduro.
Embora o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, ainda não tenha reconhecido a vitória de Maduro e venha cobrando a divulgação das atas eleitorais pelo CNE, o presidente Lula disse, em entrevista, que não via nada de “grave” ou “anormal” no processo político daquele país.
Lula é um aliado histórico do regime venezuelano desde a época em que Hugo Chávez governava o país.
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