Com a campanha eleitoral já iniciada, o Núcleo de Dados do EM verificou quais são os candidatos a prefeito mais ricos de Minas Gerais no pleito municipal deste ano. Considerando o valor total de bens declarados por cada concorrente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o mais rico é o prefeito de Pimenta, no Centro-Oeste do estado. Geovânio, do PSD, afirma ter R$ 136,9 milhões em seu nome.
Depois dele, aparece outro nome do PSD: Juracy Freire, que tentará a reeleição em Porteirinha (Norte), com R$ 66,7 milhões. Quem fecha o pódio endinheirado é Wanderli (Rede Sustentabilidade), concorrente à Prefeitura de Gonzaga, no Vale do Rio Doce. Ele declara R$ 47 milhões.
Em quarto lugar, o milionário da vez é Otacilinho (PSB), candidato ao Executivo de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais. Ele declara R$ 42,5 milhões. Quem fecha o top-5 com R$ 35,5 milhões é Dr. Wagner (MDB), que tenta a reeleição em Miradouro, na Zona da Mata.
Outros três candidatos ultrapassam a marca de R$ 30 milhões em bens: Lindouro (PT), que tenta se eleger prefeito de Alvinópolis (Central) com uma fortuna de R$ 32,5 milhões; Jarbinhas (PSDB), que tentará voltar ao governo de Guaxupé (Sul) com R$ 31,7 milhões declarados; e Maurício Nazaré (PSD), candidato à Prefeitura de Itaúna, na Região Central do estado, dono de uma quantia de R$ 30,8 milhões.
A lista dos 10 candidatos mais ricos ainda conta com Fernanda do Praxedão (MDB), a única mulher da relação, que concorre ao Executivo de Tiros, no Alto Paranaíba, com R$ 28,2 milhões declarados. Quem fecha a apuração é o ex-deputado estadual de Minas Gerais, Inácio Franco. Ele tentará voltar ao governo de Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado, com R$ 26,1 milhões em seu nome.
Vices milionários
Se a lista for expandida para os candidatos a vice-prefeituras, dois nomes se destacam: Célio do Columbia (Republicanos), que concorre ao cargo em Unaí, no Alto Paranaíba; e Ronaldo Sandre (PSD), postulante ao Executivo de Centralina, no Triângulo Mineiro. Eles declaram, respectivamente, R$ 107,8 milhões e R$ 84,6 milhões, valores que só são superados pelo prefeito de Pimenta, Geovânio Macedo.
Erros de preenchimento
Como em toda eleição, alguns candidatos apresentam declarações fora da realidade por erros de digitação no momento de preencher a ficha do TSE. Professor Crésio Campos, que tenta se eleger vereador de Ipatinga, no Vale do Rio Doce, por exemplo, declarou ter R$ 12,1 bilhões em bens. Procurado pela reportagem, o candidato do PL assumiu a falha.
"Sou acionista de uma empresa de transporte ferroviário aéreo, uma tecnologia inédita no mundo. Essa empresa tem sede na Bielorrússia e filial no Emirados Árabes. Na somatória, esse valor chega em R$ 12 milhões. Ocorre que o TSE lançou errado e colocou R$ 12 bilhões", afirmou.
Situação parecida acontece com Engenheiro João José, que concorre a uma vaga na Câmara Municipal de BH. O candidato do PV declarou ter R$ 381 milhões em bens, mas garantiu à reportagem que o valor está errado. "Foi erro de digitação e já pedi para regularizar. Não faz sentido esse valor. O erro foi meu. Um apartamento no valor de R$ 380 mil entrou como se valesse R$ 380 milhões", disse.
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